Como criar e educar uma criança com orientação Neo Pagã
NOTA
** O texto abaixo foi escrito por Elide Cascone. **
Nós somos o casal mencionado no segundo parágrafo e gostaríamos de agradecer muito à Elide por todas as orientações que nos foram dadas naquele encontro e por liberar a postagem deste texto maravilhoso em nosso site.
Aproveitem bem as preciosas dicas, explicações e elucidações que nos são aqui presenteadas por essa incrível Bruxa!
** O texto abaixo foi escrito por Elide Cascone. **
Nós somos o casal mencionado no segundo parágrafo e gostaríamos de agradecer muito à Elide por todas as orientações que nos foram dadas naquele encontro e por liberar a postagem deste texto maravilhoso em nosso site.
Aproveitem bem as preciosas dicas, explicações e elucidações que nos são aqui presenteadas por essa incrível Bruxa!
No encontro de 10 anos de Bruxaria no Brasil (que aconteceu dia 18-10-08 em São Paulo, com organização de Claudiney Prieto e da Tradição Nemorensis) participei da mesa de debates e fiquei muito feliz e emocionada com a reunião de tantas pessoas queridas, que em determinado momento, tivemos que nos separar. Mas uma vez no caminho da Deusa, acabamos por nos reunir em 2 horas deliciosas de troca de experiências e colocação de pontos de vista em total compactualidade. Sentimos a falta de algumas pessoas caras a comunidade pagã, mas como estavam em atividades inadiáveis, não puderam comparecer.
Ao final, algumas pessoas me procuraram e manifestaram a preocupação em criar e educar uma criança com orientação pagã: um casal de jovens, uma jovem mãe, uma outra mãe mais experiente que estava vivendo a atitude de assumir o paganismo e como lidar com isso dentro de casa e perante a família. Como eu precisava ir embora, conversei rapidamente e resolvi escrever este pequeno roteiro, meu particularmente, com base na minha vivência de mãe pagã que educou e orienta uma mulher de 19 anos. Como educadora que sou, atuante na rede pública, também tive a experiência em lidar com crianças de diferentes credos e vou sugerir também, para quem inicia no magistério, a postura que assumi.
Bem vamos às regras que criei com muita leitura, pesquisa e meditação sobre criar uma criança:
1ª - Apesar de sermos neopagãos, temos a obrigação de proteger e preservar a integridade espiritual e psicológica, física e emocional de nossos filhos, ou seja, não somos fundamentalistas para usarmos nossas crianças como trincheiras de nossas posturas, não somos evangelista, muito pelo contrário, não queremos professar nossa religião ao mundo. A bruxaria nunca foi e nem deve ser uma religião de massas. Não usamos nossas crianças para atingir nada além do amor;
2ª - Baseado no princípio acima, o que fiz foi sempre procurar escolas nas quais não fossem obrigatórias a aula de religião, e nunca coloquei na ficha de matrícula qual a religião da minha família; nunca discuti ou discuto religião, é uma permissão que me dei quando assumi o paganismo; simplesmente nunca criei polêmicas em ambientes onde minha filha estudou, mas também nunca permiti que ela fosse discriminada, o que geralmente não acontece quando se tem uma conversa bem clara com a professora sobre nossa postura sobre religião;
3ª - Sempre deixei bem claro para minha família que a educação da minha filha era pertinente ao que eu queria e tinha como verdade. Quem educava minha filha era eu, recebi ajuda de familiares, mas sempre determinei que minha filha não seria batizada, não faria 1ª comunhão, não iria à missa aos domingos, não faria catecismo, nada da liturgia cristã, pois suas avós são católicas. Não pensem que isso foi fácil, mas tive pontos em que não cedi e não me arrependo de não ter cedido, apesar das batalhas que tive que travar. Por outro lado, quando somos convidados a participar de casamentos ensinei minha filha a respeitar as essoas que estavam fazendo aquele ritual, não a Instituição religiosa em si, mas as pessoas que lá estavam fazendo daquilo algo sagrado. E que , como boa bruxa, perdemos o ritual do casamento, mas nunca uma festa;
4ª - Sempre fui a velórios e enterros de familiares ou de amigos muito próximos, mas nunca levei minha filha até que ele tivesse 9 anos. Mesmo tendo perdido um sobrinho jovem que convivia com minha filha diariamente, na ocasião ela tinha 6 anos, não permiti que ela fosse ao velório ou ao enterro. Com a experiência de convívio com crianças há muitos anos, sei muito bem a influência nefasta desse tipo de rito na espiritualidade de uma pessoa que ainda não tem esquemas mentais preparados para enfrentar problemas. Conversei com minha filha sobre a morte do primo, deixei claro a ela que não havia necessidade de ter participado, introduzi o conceito pagão de vida, morte e renascimento, lembrando a dor da perda, mas falei da ternura da ceifeira ao receber nos seus braços nossos entes queridos, falei das vidas sucessivas, trouxe o assunto para a natureza, os animais, as plantas - tudo tem um ciclo e quando esse ciclo é interrompido, a alma tem oportunidade de experienciar novamente em um outro momento, com um novo corpo, mesmo que não humano. Quem disse que somos o top de linha? E chorar é muito bom, somos fortes quando não ocultamos nossas emoções. Os psicólogos podem protestar, mas o que é realidade para uma criança? Quem disse que poupando-as de sofrimentos estaremos criando pessoas alienadas? Muito pelo contrário! Penso que o papel dos pais é conhecer seu filho e saber introduzir a parte difícil da vida de uma forma mais lúdica e saudável. É terrível ver crianças que não dormem por várias semanas depois de participarem de velórios e enterros. Como professora, na 1ª reunião de pais lembro-os desses detalhes sobre a inocência da criança;
5ª - A religião da Deusa prega Amor. Ensine suas crianças a amarem não só a familiares. Faça uso de uma plantinha que ela cuide, um animalzinho abandonado que vocês adotem -não ensine sua criança a comprar amor no pet shop, ensine-a a dar amor a quem precisa. Sempre achei esse negócio de raça de animais um ranço de dominação. Para os maioreszinhos, procure fazer em casa uma seleção do lixo, separe embalagens para reciclagem de lixo, faça uma horta em embalagens pet: salsa e cebolinha crescem bem em embalagens pet reutilizadas.
O que isso tem a ver com amor??? Preservar o meio ambiente, economizar água e energia elétrica é uma forma de amar o planeta que é o corpo da Deusa. Para crianças é mais fácil amar algo que ela veja concretamente, não dá pra falar em devoção ritual, senão estaremos fazendo, como sempre digo, cultuando o "deus morto", algo inatingível. Um dos princípios do paganismo e cultuar e amar o planeta e suas manifestações sagradas;
6ª - Sempre ensinei minha filha que o agora é o mais importante, que faço o bem aos outros para sentir-me bem, ora, não ensine sua criança a ser hipócrita. Ela não sabe o que é o "bem para a comunidade". Ela precisa aprender a sentir o gosto e fazer coisas boas por si só, isso é um dos gozos da Deusa, trazer tudo para o nível material e físico. Seu corpo é sagrado, portanto tocá-lo, massageá-lo, banhá-lo é uma coisa muito natural, mas que deve ser limitada a ela própria e aos pais. Precisamos deixar de ser "modernos" quando se trata da estrutura psicológica que se forma na criança quanto ao toque. Se quiser saber mais sobre a sacralidade do corpo da criança leia sobre Shantala, a massagem indiana para crianças;
7ª - Sua criança vive num mundo cristão, isso é um fato! Então, ao invés de brigar com o meio, introduza na vida dela a magia de uma forma que - atualmente tem sido muito bem aceita graças a muitos artistas e escritores, não posso deixar de citar aqui a importância da Heloisa Galves, criadora da Alemdalenda - tenha fadas e gnomos, elfos e salamandras, unicórnios, dragões, toda espécie de seres mágicos. Explore a beleza, mas sem perseguir o "ideal de beleza atual", com esses seres peculiares fale da diversidade, que não precisamos ser todos iguais para sermos importantes e belos, que conviver com diferenças faz nosso conhecimento enriquecer. Fale que todos os animais e plantas têm família também. Ensine-a a salvar borboletas que ficam presas nas vidraças, a não comprar passarinhos ou micos, todos foram roubados de suas família. Introduza cristais, aromas, homeopatia, água solarizada ou lunarizada. Leve-a ao parque e faça uma micro observação do ambiente, ou seja, observem insetos, plantas menores, dirija o olhar e a atenção dela para tudo que é pequeno como ela e que precisa ser preservado. Conte contos de fadas, evite livros que falam da bruxa malvada... escolha o que vai dar para sua criança ler. Uma coisa que sempre ressalto quando leio conto de fadas para meus alunos é: quem amaldiçoa a bela adormecida é a fada que ficou sem ser convidada, não foi a bruxa. Isso dá assunto para muita aula ou conversa em casa sobre a dualidade do bem e mal que existe em todos nós;
8ª - Nunca recriminei minha criança de sentir raiva de alguém, isso é saudável, mas o importante é ensiná-la a dar vazão a essa energia. Nós não escondemos nossa sombra, muito pelo contrário ensine-a a integrar esse aspecto pessoal como, por exemplo, fazendo exercícios físicos, andar, correr, chutar bola, converse sobre o ocorrido, deixe-a falar. Futuramente, ela vai usar essa energia em rituais e saberá como canalizar isso ou então, simplesmente reciclar a energia sem que cause problemas corporais;
9ª - A tolerância para com as outras religiões faz com que sua criança se aproprie do direito de ser respeitada sem grandes conflitos, conforme ela vai crescendo podemos discutir sobre outras religiões. Geralmente, temos a tendência de achar que nossa religião é a melhor, mas quando você assume a postura que cada religião atende as necessidades afetivas e espirituais de cada pessoa, passamos a rever nosso próprio ponto de vista e isso justifica a Bruxaria não ser uma religião de massas - somos únicos em nossa individualidade, porém fortes na diversidade.
Espero ter complementado o que conversei com essas pessoas no Encontro e tenho certeza que vocês, como eu, terão orgulho de ter criado uma pessoa tão centrada e sensível, forte e determinada, capaz de buscar sua felicidade e ter a Deusa com parte dela mesma, e a partir daí fazer desse mundo um lugar melhor para todos os seres vivos. Minha filha tem certeza que ninguém é feliz sozinho, que fazer algo pelo meio ambiente é fazer por ela mesma e nossa descendência, que o caráter de uma pessoa não está na sua orientação sexual ou religiosa, mas sim na integridade e respeito pela diversidade.
Beijo a todos e até o próximo encontro.
Elide Cascone
"Que o círculo nunca se quebre"
Ao final, algumas pessoas me procuraram e manifestaram a preocupação em criar e educar uma criança com orientação pagã: um casal de jovens, uma jovem mãe, uma outra mãe mais experiente que estava vivendo a atitude de assumir o paganismo e como lidar com isso dentro de casa e perante a família. Como eu precisava ir embora, conversei rapidamente e resolvi escrever este pequeno roteiro, meu particularmente, com base na minha vivência de mãe pagã que educou e orienta uma mulher de 19 anos. Como educadora que sou, atuante na rede pública, também tive a experiência em lidar com crianças de diferentes credos e vou sugerir também, para quem inicia no magistério, a postura que assumi.
Bem vamos às regras que criei com muita leitura, pesquisa e meditação sobre criar uma criança:
1ª - Apesar de sermos neopagãos, temos a obrigação de proteger e preservar a integridade espiritual e psicológica, física e emocional de nossos filhos, ou seja, não somos fundamentalistas para usarmos nossas crianças como trincheiras de nossas posturas, não somos evangelista, muito pelo contrário, não queremos professar nossa religião ao mundo. A bruxaria nunca foi e nem deve ser uma religião de massas. Não usamos nossas crianças para atingir nada além do amor;
2ª - Baseado no princípio acima, o que fiz foi sempre procurar escolas nas quais não fossem obrigatórias a aula de religião, e nunca coloquei na ficha de matrícula qual a religião da minha família; nunca discuti ou discuto religião, é uma permissão que me dei quando assumi o paganismo; simplesmente nunca criei polêmicas em ambientes onde minha filha estudou, mas também nunca permiti que ela fosse discriminada, o que geralmente não acontece quando se tem uma conversa bem clara com a professora sobre nossa postura sobre religião;
3ª - Sempre deixei bem claro para minha família que a educação da minha filha era pertinente ao que eu queria e tinha como verdade. Quem educava minha filha era eu, recebi ajuda de familiares, mas sempre determinei que minha filha não seria batizada, não faria 1ª comunhão, não iria à missa aos domingos, não faria catecismo, nada da liturgia cristã, pois suas avós são católicas. Não pensem que isso foi fácil, mas tive pontos em que não cedi e não me arrependo de não ter cedido, apesar das batalhas que tive que travar. Por outro lado, quando somos convidados a participar de casamentos ensinei minha filha a respeitar as essoas que estavam fazendo aquele ritual, não a Instituição religiosa em si, mas as pessoas que lá estavam fazendo daquilo algo sagrado. E que , como boa bruxa, perdemos o ritual do casamento, mas nunca uma festa;
4ª - Sempre fui a velórios e enterros de familiares ou de amigos muito próximos, mas nunca levei minha filha até que ele tivesse 9 anos. Mesmo tendo perdido um sobrinho jovem que convivia com minha filha diariamente, na ocasião ela tinha 6 anos, não permiti que ela fosse ao velório ou ao enterro. Com a experiência de convívio com crianças há muitos anos, sei muito bem a influência nefasta desse tipo de rito na espiritualidade de uma pessoa que ainda não tem esquemas mentais preparados para enfrentar problemas. Conversei com minha filha sobre a morte do primo, deixei claro a ela que não havia necessidade de ter participado, introduzi o conceito pagão de vida, morte e renascimento, lembrando a dor da perda, mas falei da ternura da ceifeira ao receber nos seus braços nossos entes queridos, falei das vidas sucessivas, trouxe o assunto para a natureza, os animais, as plantas - tudo tem um ciclo e quando esse ciclo é interrompido, a alma tem oportunidade de experienciar novamente em um outro momento, com um novo corpo, mesmo que não humano. Quem disse que somos o top de linha? E chorar é muito bom, somos fortes quando não ocultamos nossas emoções. Os psicólogos podem protestar, mas o que é realidade para uma criança? Quem disse que poupando-as de sofrimentos estaremos criando pessoas alienadas? Muito pelo contrário! Penso que o papel dos pais é conhecer seu filho e saber introduzir a parte difícil da vida de uma forma mais lúdica e saudável. É terrível ver crianças que não dormem por várias semanas depois de participarem de velórios e enterros. Como professora, na 1ª reunião de pais lembro-os desses detalhes sobre a inocência da criança;
5ª - A religião da Deusa prega Amor. Ensine suas crianças a amarem não só a familiares. Faça uso de uma plantinha que ela cuide, um animalzinho abandonado que vocês adotem -não ensine sua criança a comprar amor no pet shop, ensine-a a dar amor a quem precisa. Sempre achei esse negócio de raça de animais um ranço de dominação. Para os maioreszinhos, procure fazer em casa uma seleção do lixo, separe embalagens para reciclagem de lixo, faça uma horta em embalagens pet: salsa e cebolinha crescem bem em embalagens pet reutilizadas.
O que isso tem a ver com amor??? Preservar o meio ambiente, economizar água e energia elétrica é uma forma de amar o planeta que é o corpo da Deusa. Para crianças é mais fácil amar algo que ela veja concretamente, não dá pra falar em devoção ritual, senão estaremos fazendo, como sempre digo, cultuando o "deus morto", algo inatingível. Um dos princípios do paganismo e cultuar e amar o planeta e suas manifestações sagradas;
6ª - Sempre ensinei minha filha que o agora é o mais importante, que faço o bem aos outros para sentir-me bem, ora, não ensine sua criança a ser hipócrita. Ela não sabe o que é o "bem para a comunidade". Ela precisa aprender a sentir o gosto e fazer coisas boas por si só, isso é um dos gozos da Deusa, trazer tudo para o nível material e físico. Seu corpo é sagrado, portanto tocá-lo, massageá-lo, banhá-lo é uma coisa muito natural, mas que deve ser limitada a ela própria e aos pais. Precisamos deixar de ser "modernos" quando se trata da estrutura psicológica que se forma na criança quanto ao toque. Se quiser saber mais sobre a sacralidade do corpo da criança leia sobre Shantala, a massagem indiana para crianças;
7ª - Sua criança vive num mundo cristão, isso é um fato! Então, ao invés de brigar com o meio, introduza na vida dela a magia de uma forma que - atualmente tem sido muito bem aceita graças a muitos artistas e escritores, não posso deixar de citar aqui a importância da Heloisa Galves, criadora da Alemdalenda - tenha fadas e gnomos, elfos e salamandras, unicórnios, dragões, toda espécie de seres mágicos. Explore a beleza, mas sem perseguir o "ideal de beleza atual", com esses seres peculiares fale da diversidade, que não precisamos ser todos iguais para sermos importantes e belos, que conviver com diferenças faz nosso conhecimento enriquecer. Fale que todos os animais e plantas têm família também. Ensine-a a salvar borboletas que ficam presas nas vidraças, a não comprar passarinhos ou micos, todos foram roubados de suas família. Introduza cristais, aromas, homeopatia, água solarizada ou lunarizada. Leve-a ao parque e faça uma micro observação do ambiente, ou seja, observem insetos, plantas menores, dirija o olhar e a atenção dela para tudo que é pequeno como ela e que precisa ser preservado. Conte contos de fadas, evite livros que falam da bruxa malvada... escolha o que vai dar para sua criança ler. Uma coisa que sempre ressalto quando leio conto de fadas para meus alunos é: quem amaldiçoa a bela adormecida é a fada que ficou sem ser convidada, não foi a bruxa. Isso dá assunto para muita aula ou conversa em casa sobre a dualidade do bem e mal que existe em todos nós;
8ª - Nunca recriminei minha criança de sentir raiva de alguém, isso é saudável, mas o importante é ensiná-la a dar vazão a essa energia. Nós não escondemos nossa sombra, muito pelo contrário ensine-a a integrar esse aspecto pessoal como, por exemplo, fazendo exercícios físicos, andar, correr, chutar bola, converse sobre o ocorrido, deixe-a falar. Futuramente, ela vai usar essa energia em rituais e saberá como canalizar isso ou então, simplesmente reciclar a energia sem que cause problemas corporais;
9ª - A tolerância para com as outras religiões faz com que sua criança se aproprie do direito de ser respeitada sem grandes conflitos, conforme ela vai crescendo podemos discutir sobre outras religiões. Geralmente, temos a tendência de achar que nossa religião é a melhor, mas quando você assume a postura que cada religião atende as necessidades afetivas e espirituais de cada pessoa, passamos a rever nosso próprio ponto de vista e isso justifica a Bruxaria não ser uma religião de massas - somos únicos em nossa individualidade, porém fortes na diversidade.
Espero ter complementado o que conversei com essas pessoas no Encontro e tenho certeza que vocês, como eu, terão orgulho de ter criado uma pessoa tão centrada e sensível, forte e determinada, capaz de buscar sua felicidade e ter a Deusa com parte dela mesma, e a partir daí fazer desse mundo um lugar melhor para todos os seres vivos. Minha filha tem certeza que ninguém é feliz sozinho, que fazer algo pelo meio ambiente é fazer por ela mesma e nossa descendência, que o caráter de uma pessoa não está na sua orientação sexual ou religiosa, mas sim na integridade e respeito pela diversidade.
Beijo a todos e até o próximo encontro.
Elide Cascone
"Que o círculo nunca se quebre"